Bin Laden pede ao Paquistão para impedir eventual assalto dos EUA ao Afeganistão

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Osama lamentou a morte de quatro pessoas durante as manifestações de protesto em Karachi Aamir Qureshi/AFP

"Incitamos os nossos irmãos muçulmanos no Paquistão a deterem as capacidades dos cruzados americanos de invadirem o Paquistão e o Afeganistão", lê-se num comunicado enviado à televisão, assinado por Bin Laden e com data de ontem. A autenticidade do documento não está confirmada, mas um editor da Al-Jazeera, que entrevistou o multimilionário saudita no Afeganistão, em 1999, afirma que as declarações são genuínas."Asseguro-vos, caros irmãos, que estamos determinados no caminho da 'jihad' (guerra santa), a favor de Alá e do seu profeta, e com o povo fiel e heróico do Afeganistão, liderado pelo 'mullah' fiel Mohammed Omar", terá afirmado Bin Laden, em comunicado, escrito em árabe e enviado à Al-Jazeera.
Osama lamenta ainda a morte de quatro pessoas na cidade paquistanesa de Karachi, na sequência da repressão policial contra os manifestantes que protestavam contra o apoio do Paquistão aos EUA. "Esperamos que esses sejam os primeiros mártires na batalha do Islão contra a nova cruzada judaica, encabeçada por George W. Bush", lê-se no documento.
O saudita, procurado por Washington "vivo ou morto", já negou várias vezes o seu envolvimento nos ataques contra o World Trade Center, em Nova Iorque, e o Pentágono, na capital federal.

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