Rocha Paris desconhece vítimas portuguesas

Contudo, o embaixador ressalva que nenhuma informação recolhida nos contactos que encetou com os vários consulados norte-americanos pode ser garantida nesta fase.

Rocha Paris, a residir em Washington, onde se registaram os atentados ao Pentágono e ao Capitólio, acrescentou ainda que na parte alta da cidade está tudo calmo.

Vinte anos de ataques terroristas a alvos norte-americanos

  • 12 de Outubro de 2000: Atentado à bomba mata 17 marinheiros a bordo do USS Cole quando a embarcação se reabastecia no porto de Aden, no Iémen. Os Estados Unidos acusam a Arábia Saudita de dar abrigo ao suspeito número um, Osama bin Laden.


  • 17 de Agosto de 1998: Carros armadilhados explodem à porta das embaixadas em Nairobi, Quénia, e Dar es Salaam, Tanzânia, com apenas minutos de intervalo, matando 224 pessoas e ferindo milhares. O suspeito principal é Bin Laden.


  • 25 de Junho de 1996: Um camião armadilhado explode junto às torres Khobar em Dharan, na Arábia Saudita, matando 19 norte-americanos e ferindo centenas de pessoas. Membros do Hezbollah são indicados como os autores do atentado.


  • 13 de Novembro de 1995: Um carro armadilhado explode na base militar norte-americana estacionada em Riad, Arábia Saudita, matando cinco norte-americanos.


  • 19 de Abril de 1995: O edifício federal Alfred P. Murrah, em Oklahoma, é alvo de um atentado à bomba. 168 pessoas morrem e mais de 500 ficam feridas. Um antigo soldado norte-americano, Timothy McVeigh é condenado pelo ataque, que assume como um acto solitário, e executado no início de 2001.


  • 26 de Fevereiro de 1993: Uma bomba explode no parque de estacionamento subterrâneo do World Trade Center, em Nova Iorque, matando seis pessoas e ferindo mais de mil. Seis militantes islamitas são condenados a prisão perpétua.


  • 21 de Dezembro de 1988: Um Boeing 747 da Pan Am explode no momento em que sobrevoa a localidade de Lockerbie, Escócia, quando faz a ligação Londres – Nova Iorque. 270 mortos, entre os quais vários residentes de Lockerbie.


  • 5 de Setembro de 1986: Piratas do ar apoderam-se de um jumbo da Pan Am, que transporta 358 pessoas, no aeroporto de Karachi. Vinte pessoas morrem quando as forças policiais invadem o aparelho à força.


  • 14 de Junho de 1985: Um Boeing 727 da TWA é desviado para Beirute, Líbano. As exigências incluem a libertação de 700 árabes presos em Israel. Um mergulhador da marinha dos EUA é morto e 39 norte-americanos são mantidos reféns até dia 1 de Julho.


  • 20 de Setembro de 1984: Um carro armadilhado explode junto à embaixada norte-americana em Beirute, matando 16 e ferindo o embaixador.


  • 12 de Dezembro de 1983: Extremistas xiitas explodem vários carros em frente às embaixadas francesa e norte-americana na Cidade do Kuwait. Cinco pessoas morrem e 86 ficam feridas.


  • 23 de Outubro de 1983: Bombistas suicidas explodem uma base militar francesa e uma norte-americana em Beirute, matando 241 fuzileiros norte-americanos e 58 militares franceses.


  • 18 de Abril de 1983: Um carro explode em Beirute, junto à embaixada dos EUA. 17 morrem.


  • 4 de Novembro de 1979: Estudantes islâmicos invadem a embaixada norte-americana em Teerão, Irão, e mantêm 52 norte-americanos reféns durante 444 dias.

  • World Trade Center alvo de atentado terrorista em 1993

    No dia 27 de Fevereiro de 1993, numa tarde fria de Inverno, um carro explodiu no segundo piso subterrâneo de uma das torres gémeas do World Trade Center, em Manhattan, que recebia diariamente mais de cem mil trabalhadores. A bomba foi posicionada para rebentar com um máximo das infraestruturas do edifício. Após o rebentamento, que acabou por provocar a morte a seis pessoas e ferimentos a mais de mil, camadas de fumo negro começaram a sair do edifício.
    O paquistanês Ramzi Youssef, considerado o "cérebro" do atentado contra o edifício nova-iorquino e responsável por um "complot" anti-americano na Ásia, reconheceu-se culpado e foi condenado a prisão perpétua, a 8 de Janeiro de 1998, sem possibilidade de vir a ter, algum dia, liberdade condicional.
    Em 1994, quatro fundamentalistas islâmicos foram igualmente condenados a um total de 240 anos de prisão cada um pela sua participação no atentado.
    Em Janeiro de 1996, dez outros foram também condenados a pesadas penas pela sua cumplicidade no ataque ao World Trade Center.
    O palestiniano Eyad Ismail foi também condenado, em 1998, por um tribunal federal de Nova Iorque a um total de 260 anos de prisão pela sua participação no atentado. Durante o julgamento, confessou ter sido o condutor da camioneta armadilhada, embora negasse conhecer a sua carga explosiva.

    O "cérebro" do atentado

    Ainda muita coisa continua por esclarecer em relação ao bombista Ramzi Ahmed Yusef, actualmente com 32 anos, que arquitectou um dos piores actos terroristas da história dos Estados Unidos.
    Após o atentado, Yusef esteve a monte até 1995, altura em que foi apanhado. Durante esses anos foi um dos homens mais procurados pelo FBI, que chegou a oferecer uma recompensa de dois milhões de dólares (2,2 milhões de euros/380 mil contos). Sabe-se que fugiu dos Estados Unidos na própria noite do atentado e que a sua pista só foi novamente encontrada em 1995, nas Filipinas, onde terá planeado assassinar o Papa, aquando de uma sua visita. Acabaria por ser capturado em Fevereiro de 1995 em Islamabad. Foi de imediato entregue ao consulado norte-americano e transportado para Nova Iorque. Quando sobrevoava a ilha de Manhattan, o responsável do FBI que o escoltava apontou para o World Trade Center e terá dito : "Olhe ali para baixo. Elas continuam de pé". Ao que Yusef respondeu: "Não estariam se eu tivesse tido dinheiro e explosivos suficientes". O atentado terá custado, ao que se apurou, menos de 20 mil dólares (22 mil euros/3800 contos).

    Frente Democrática de Libertação da Palestina


    A Frente Democrática de Libertação da Palestina (FDLP) é um dos três movimentos da Organização de Libertação da Palestina (OLP). É uma organização marxista-leninista, fundada em 1969, depois de se separar da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP).

    De acordo com esta organização, os objectivos palestinianos só podem ser alcançados através da revolução popular.

    Em 1991, o movimento é dividido em dois, com Nayif Hawatmah a liderar a facção maioritária, que continua a controlar o movimento. Esta facção é também a mais radical.
    Depois de ter integrado a Aliança das Forças Palestinianas (AFP) - que se opõe à Declaração de Princípios assinada em 1993 - volta a fundir-se com a FPLP em meados dos anos 90.
    Nos anos 70, a actividade da FDLP era constituída principalmente por pequenos atentados à bomba em Israel e nos territórios ocupados, tendo sempre alvos israelitas como finalidade.
    As bases operacionais deste movimento situam-se na Síria, no Líbano e nos territórios ocupados. O apoio militar e financeiro provém, sobretudo, da Síria.
    Desde 1988, a sua actividade passa a limitar-se às zonas fronteiriças. Continua, no entanto, um firme opositor dos acordos de paz assinados em Oslo entre Israel e a OLP.

    Bin Laden: O "inimigo público número um" dos EUA

    Osama Bin Laden é o "inimigo público número um" dos Estados Unidos, que o responsabilizam por inúmeros ataques terroristas.
    Este saudita foi responsabilizado pelos Estados Unidos pelos ataques às embaixadas norte-americanas no Quénia e na Tanzânia em 1998. No julgamento dos quatro homens acusados dos ataques, estes disseram que faziam parte de uma conspiração internacional, liderada por bin Laden, com o objectivo único de matar cidadãos de nacionalidade norte-americana.
    Em Outubro do ano passado, o ataque ao porta-aviões norte-americano USS Cole, ao largo da costa do Iémen, também foi atribuído aos seguidores do terrorista saudita. No entanto, esta relação nunca chegou a ser determinada.
    Em Março de 1997, o próprio bin Laden avisou, numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNN, que se o Governo dos Estados Unidos queria seriamente evitar atentados no interior do seu território, deveria "parar de provocar os sentimentos" dos muçulmanos.
    Em 1995, aquando do ataque ao edifício governamental de Oklahoma, nos Estados Unidos, que fez cerca de 168 mortos, bin Laden foi imediatamente apontado como o suspeito número um. Por este atentado, no entanto, viria a ser condenado um cidadão norte-americano, Timothy McVeigh, que considerava o Governo central como um opressor, inimigo da liberdade.


    World Trade Center

    O World Trade Center é o mais alto edifício de Nova Iorque, e o terceiro maior arranha-céus, em altura, do mundo, elevando-se a 416 metros do solo. Construído em 1973, por encomenda da autoridade portuária nova-iorquina ao arquitecto Minoru Yamasaki, está localizado na baixa financeira da "Big Aple", em pleno coração de Manhattan.

    Contornado pelas ruas West, Church, Vesey e Liberty, o World Trade Center é composto por duas torres monolíticas, constituídas, cada uma, por 110 andares.
    Este edifício possui, ainda, a maior plataforma panorâmica do mundo, que se eleva a mais de 395 metros do solo.
    No dia 26 de Fevereiro de 1993, uma sexta-feira, pelas 12h18, uma bomba explodiu no parque de estacionamento subterrâneo do World Trade Center, criando uma cratera equivalente a cinco andares do edifício. Este atentado provocou a morte a seis pessoas e ferimentos em mais de mil.

    Curiosidades:
  • A Torre Um mede 416 metros e a Torre Dois 415

  • Cada torre tem 104 elevadores para passageiros e 21.800 janelas

  • Da plataforma de observação é possível ter uma visibilidade de cerca de 72 quilómetros em todas as direcções

  • Se todos os vidros utilizados na construção do edifício fossem fundidos numa única faixa de 50 centímetros de largura, estenderse-iam por cerca de 105 quilómetros

  • As torres foram muitas vezes denominadas de "blocos de lego" pelos seus críticos


  • Pentágono

    Situado em Arlington, na margem Oeste do rio Potomac, em Washington DC, o Pentágono, construído durante os primeiros anos da II Grande Guerra, é o quartel-general do Ministério da Defesa norte-americano e é um dos maiores edifícios do mundo

    Com aproximadamente 23 mil funcionários, entre os quais militares e civis, é no Pentágono que são planeadas e executadas as directivas de defesa nacional dos Estados Unidos.

    Antes da construção do edifício, que custou 83 milhões de dólares / 92,3 milhões de euros (18,5 mil milhões de escudos) o local não era mais que um descampado com algumas lixeiras e pântanos.



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