CGTP e UGT aprovam reivindicações para o ano sindical

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Os aumentos conseguidos através da contratação colectiva foram, em média, de quatro por cento, no sector privado, e de 3,8 por cento, na Administração Pública Fernando Veludo/Público

Para a CGTP, o balanço do ano sindical não deixa margem para dúvidas: os trabalhadores perderam poder de compra porque os aumentos negociados não previam a derrapagem da inflação, refere a Lusa.Os aumentos conseguidos através da contratação colectiva foram, em média, de quatro por cento, no sector privado, e de 3,8 por cento, na Administração Pública.
Mas, segundo a central sindical, esta evolução corresponde a uma diminuição do poder de compra porque a inflação média deste ano deverá situar-se entre os 4,2 e os 4,6 por cento.
A CGTP promete que vai continuar a bater-se por "aumentos salariais justos, adequados à situação económica", que tenham em conta a evolução da inflação e da produtividade e as perdas relativas a 2001.

UGT vai aprovar dois documentos reivindicativos

A UGT também vai definir a sua estratégia numa reunião do seu Secretariado Nacional que, por este motivo, é alargada a todos os seus sindicatos. Neste encontro vão ser aprovados dois documentos: um com as reivindicações imediatas (aumentos do salário mínimo nacional, das pensões e dos abonos de família) e outro com as orientações para a negociação colectiva.Os documentos a aprovar deverão ter em conta as preocupações da central sindical relativamente ao Salário Mínimo Nacional (SMN) e às pensões.
A central sindical defende que o aumento do SMN deve ser superior ao do aumento do salário médio para tentar diminuir a actual diferença. Actualmente o salário médio (131.500 escudos/655 euros) é cerca do dobro do SMN (67 contos/334 euros).
Entretanto, o sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) já apresentou, ontem, a sua proposta reivindicativa para 2002.
Este sindicato, filiado na UGT, pretende aumentos de 5,3 por cento para os funcionários públicos, partindo do pressuposto de que a inflação vai ser de 3,1 por cento no próximo ano.

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