Finanças investigam Catarina Vaz Pinto

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Catarina Vaz Pinto foi o braço direito de Manuel Maria Carrilho, no Ministério da Cultura, até Julho de 2000 Luisa Ferreira (Arquivo)

A Inspecção-Geral das Finanças (IGF) detectou várias irregularidades em subsídios, que totalizam vários milhares de contos, atribuídos por Catarina Vaz Pinto, actual mulher do primeiro-ministro, António Guterres, enquanto secretária de Estado da Cultura. Catarina Vaz Pinto, que foi o braço direito de Manuel Maria Carrilho na Cultura, terá concedido apoios vários a empresas com as quais colaborava ou já tinha colaborado, noticia hoje o "Diário de Notícias".

O diário apurou ainda que as irregularidades dos subsídios do Ministério da Cultura, entre 1998 e 2000, não foram afinal cometidas unicamente por Manuel Maria Carrilho, saltando também para a praça pública os nomes de Catarina Vaz Pinto e José Sasportes, que sucedeu a Carrilho na pasta e foi entretanto substituído por Augusto Santos Silva.Entre as diversas entidades que receberam subsídios e foram investigadas contam-se o Centro de Artes do Espectáculo, que recebeu mais de cem mil contos (499 mil euros), o Centro Regional de Artes Tradicionais, a Fundação Serralves e a Associação Norte Cultural.
Antes de sair do Governo, em Julho de 2000, Catarina Vaz Pinto subsidiou também, entre outras, as associações Fórum Dança e a empresa Cassefaz. A primeira tinha sido fundada pela actual mulher de Guterres, sendo Catarina Vaz Pinto a responsável pela sua gestão até 1991. Em 1998, esta associação recebeu mais de 23 mil contos (115 mil euros) para as suas actividades e, em 1999, recebeu mais de 7500 contos (37 mil euros).
O nome de Catarina Vaz Pinto está também ligado à empresa Cassefaz, da qual é director Miguel Abreu, na co-autoria de um guia de Artes de Espectáculos, publicado em 1995. Em 1998, a Cassefaz recebeu do Ministério da Cultura seis mil contos (30 mil euros) e, em 1999, 13500 contos (67mil euros).
Nas conclusões do documento, a IGF aponta várias ilegalidades, entre as quais "indícios de ilícitos financeiros" e "indícios de ilícitos fiscais", noticia ainda o DN.

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