Ex-chefe de polícia brasileira condenado por 102 mortes em massacre prisional

Os activistas de direitos humanos já se congratularam com a decisão do tribunal brasileiro, dizendo que a decisão vai acabar com a impunidade que a polícia do país sente em relação à violência que imprime. O ex-responsável, de 58 anos de idade, vai apenas cumprir 30 anos de prisão da pena de 632, conforme determina a lei brasileira.Ubiratan Guimarães ordenou a carga das tropes de choque das autoridades na Casa de Detenção de Carandiru, durante o motim de 2 de Outubro de 1992, que redundou na morte de 111 reclusos, produzindo imagens que chocaram o mundo.
O julgamento, de dez dias, foi uma das mais aguardadas maratonas judiciais no Brasil, que terminou com, na sequência da leitura da sentença pela juíza, uma onda de aplausos da multidão que aguardava a decisão. Guimarães abandonou a sala em lágrimas.
“Na nossa opinião, é uma mensagem importante para a sociedade de que a polícia não está acima da lei”, disse Maria Luisa Mendonça, activista dos direitos humanos, citada pela Reuters.
A defesa de Ubiratan Guimarães já apelou da decisão.

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