Nada de muito relevante

Lara Croft, heroína virtual de acção; aventureira de um jogo de computador que já vai na quinta edição: Tomb Raider. É tão inteligente nas piscadelas de olho, quando malabarista nas capacidades atléticas. E ainda por cima de ascendência aristocrática. Adora inventariar túmulos, e os segredos que o tempo sepultou neles. A revista britânica Face deu-lhe a capa, outra revista, a Details, considerou-a entre as mulheres mais sexy do planeta - apesar de Lara Croft não existir, ou seja, de ser apenas imagem. Mas agora ela tem um corpo, o de Angelina Jolie, actriz que tem revelado uma sensualidade negra, quase gótica. É assim também que Angelina tempera a irrequieta Lara - aproximando-se, por vezes, do irresistível "camp". O filme? Nada de muito relevante: a aventura em piloto automático. Mas acaba por ser surpreendente que sendo Lara Croft filha das novas tecnologias, no cinema ela ainda seja filha de Indiana Jones, de 007 e até de Missão Impossível - ou seja, dos "anacrónicos" modelos.

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