Ilídio Oliveira, do Conselho Executivo (CE) desta escola, garantiu que as sanções "nunca serão decididas antes de 6 de Julho - data limite do processo de reavaliação dos alunos - para não perturbar as novas provas globais".A repetição dos exames de Matemática, Ciências da Terra e da Vida e Ciências Físico-Química, ao nível do 11º ano, sem os quais os alunos serão classificados com nota zero, revoltou os discentes que dizem não ter tido acesso aos enunciados e tabelas de correcção das provas.
Pelo menos dois alunos terão assaltado um gabinete afecto ao Conselho Directivo para copiar os enunciados e as grelhas de correcção. A fraude foi detectada quando os professores que corrigiam as provas constataram que muitos alunos medíocres conseguiram uma prestação excelente nas provas globais de pelo menos três disciplinas.
A escola pode decretar, sem consultar a tutela, uma suspensão dos envolvidos até um máximo de dez dias. Qualquer sanção mais grave será decidida pela Direcção Regional de Educação do Norte.
Fonte judicial contactada pela Lusa adianta que estando os alunos identificados e sendo imputáveis, os mesmos poderão ter de responder criminalmente pelos seus actos.
A repetição das provas envolve 150 alunos, cujos pais, que reuniram segunda-feira à noite para debater a situação, reconheceram, "conformados", que a repetição das provas "é a solução mais correcta".