Comissão de inquérito à Fundação de Vara regressa à «normalidade»

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PSD e CDS-PP mantém a exigência da demissão do presidente da comissão de inquérito, o socialista Barros Moura António Cotrim/Lusa

O PSD e CDS-PP, que mantém a exigência da demissão do presidente da comissão, o socialista Barros Moura, já anunciaram o seu regresso às reuniões, posição que deverá ser seguida pelo PCP.Os problemas com esta comissão de inquérito surgiram no dia 12 de Junho, quando os deputados socialista, desfalcados de três elementos, decidiram abandonar a reunião, numa atitude que foi seguida por Barros Moura.
Em causa estavam as votações sobre o nome do relator e sobre novas inquirições, entre as quais se contam os ex-ministros Fernando Gomes e Armando Vara.
Em resposta, na reunião seguinte, só o deputado do CDS-PP Telmo Correia esteve presente por parte da oposição e apenas para revelar que o seu partido tinha perdido a confiança na presidência da comissão e exigia a demissão de Barros Moura.
O presidente da comissão, recusando demitir-se, marcou nova reunião para hoje, com a mesma agenda.
Face a esta situação, e à incapacidade do presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, para actuar, os dois partidos de direita vão apresentar-se na reunião mantendo as resistências ao presidente da comissão e a intenção de não transigir na questão das novas audições e do nome do relator.
O PS propôs para esta tarefa a deputada Maria de Belém, o que é considerado inaceitável pelo PSD, que defende que o relator deve ser um deputado das bancadas do CDS-PP ou PCP.
Em alternativa, Barros Moura propôs a fórmula de um grupo de trabalho, com um deputado do PS e outro da oposição, presidida por ele próprio.

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