Segundo fontes militares angolanas, citadas pela Lusa, o ataque teve início cerca das 03h00 e só terminou cinco horas depois, apesar de cerca das 09h00 ainda se ouvirem alguns tiros esporádicos. De acordo com as mesmas fontes, as ruas da cidade de Uíje, capital da província angolana com o mesmo nome, ficaram praticamente desertas estando a ser patrulhadas por soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA). A intensidade do ataque levou a que durante a noite muitas pessoas abandonassem as suas casas e fugissem para zonas mais seguras dos arredores, tendo a maioria delas regressado após o fim dos combates.
De acordo com as FAA, dez homens da UNITA terão morrido durante os tiroteios, o mesmo acontecendo a um elemento da Polícia Nacional que se encontrava num posto de guarnição.
A Lusa adianta ainda que os atacantes, cujo número não foi ainda determinado, atacaram Uíje em três zonas distintas, no norte, leste e sul da cidade, tendo conseguido penetrar nos bairros de Candombe Velho e da Kilala. Depois do fim dos combates, os soldados das FAA, incluindo elementos das tropas especiais, deslocaram-se para os bairros suburbanos da cidade, para tentar capturar os elementos da UNITA envolvidos no ataque.
O vice-almirante Emílio de Carvalho, porta-voz das Forças Armadas Angolanas, confirmou "a incursão da UNITA" no Uíje, sublinhando, no entanto, que as forças governamentais "têm a situação sob controlo".