Paulo Portas quer que CDS-PP seja "o Boavista da política"
A analogia com o futebol foi feita pelo líder do CDS-PP durante um jantar em Ílhavo, Aveiro, com que fechou um dia passado no distrito a apresentar candidaturas às autárquicas."Quem vota sempre no PS e no PSD não se pode queixar do estado a que o país chegou e, se querem mudar, comecem pelo voto, porque às vezes é precisa uma nova força e há sempre um Boavista", disse Paulo Portas.
Referindo que "o CDS pelas sondagens é o melhor partido da oposição", Paulo Portas considerou que o Governo merece um castigo nas eleições e que "em Dezembro a cabine de voto é a oportunidade de as pessoas romperem com a paz podre dos dois grandes partidos".
"É preciso tirar o PS e pôr um Governo em que também esteja o CDS", declarou, depois de criticar o Executivo de Guterres, sobretudo pela situação económica e por manter um Serviço Nacional de Saúde que “tritura os ministros". "O mal não é de Manuela Arcanjo, embora não seja muito simpática. Já estava assim com Maria de Belém que sempre era uma simpatia...o mal está é no Serviço Nacional de Saúde que está errado".
Portas aproveitou ainda para criticar o "clientelismo", comentando que "é ver a quantidade de dirigentes das administrações regionais de saúde que são candidatos às autárquicas" e a submissão da política do medicamento "aos interesses poderosos" do sector.
Sobre a situação económica, o líder de direita salientou a disparidade entre as previsões do Governo e a realidade quanto à inflação e ao crescimento, a falta de rigidez no controlo da despesa pública e o excesso de tributação que desmotiva o investimento e a poupança.
Paulo Portas fez ainda várias comparações entre Portugal e a Irlanda, nomeadamente quanto à política de imigração: "enquanto lá procuram atrair jovens qualificados para áreas-chave do seu desenvolvimento, nós temos 400 mil portugueses a auferir o Rendimento Mínimo e andamos a importar no estrangeiro mão-de-obra para a construção civil".