George Robertson e Javier Solana chegam a Skopje
A NATO expressou quarta-feira "a sua preocupação" face à situação na Macedónia, mas também o seu apoio ao plano de paz do presidente Boris Trakjovski. À sua chegada à capital macedónia, Robertson afirmou que o importante agora é pôr em prática o plano de paz que está no papel. "Estamos aqui para encorajar o processo de diálogo e de reformas", acrescentou o secretário-geral da NATO, citado pela AFP.Os responsáveis da Aliança e da UE deverão tentar mais uma vez pressionar os dirigentes da Macedónia a encontrarem uma saída política para o conflito, agravado pelo reaparecimento das acções dos separatistas albaneses do UÇK.
Ontem, os aliados reunidos em cimeira informal em Bruxelas, excluíram uma intervenção imediata de tropas da NATO na Macedónia. Robertson reafirmou que apenas a opção política estava neste momento a ser considerada. No entanto, o presidente Francês Jacques Chirac, não excluiu a hipótese de uma intervenção da Aliança Atlântica no conflito, que, na sua opinião, é uma ameaça grave à estabilidade na região.
O plano de paz do presidente macedónio Trajkovski, aceite ontem com algumas reticências pelo Governo - no poder em coligação com partidos albaneses -, prevê em paralelo um desarmamento da guerrilha sob supervisão internacional e o relançamento do diálogo político como meio de aproximar as comunidades macedónias, eslava maioritária, e albanesa, minoritária.Apesar da entrada em vigor de um cessar-fogo, segunda-feira, que permitiu a saída nas últimas horas de milhares de refugiados albaneses para o Kosovo e Turquia, voltaram a registar-se incidentes durante a noite, segundo a televisão estatal.
Trocas de tiros entre as forças militares macedónias e os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional da Macedónia (UÇK) ouviram-se nos arredores de Tetovo, cidade de maioria albanesa no norte da Macedónia que faz fronteira com o Kosovo.