Reunião de segurança israelo-palestiniana chega ao fim sem conclusões

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Os israelitas condicionam o regresso à mesa de negociações ao final da violência Awad Awad/AFP

"Esta reunião não foi um grande sucesso", afirmou uma fonte da segurança palestiniana, acrescentando que os membros da delegação palestiniana saíram do encontro directamente para o gabinete de Yasser Arafat, para dar conta dos resultados alcançados.De acordo com a rádio pública israelita, "a reunião realizou-se numa atmosfera tensa, interrompida por gritos, tendo os palestinianos restituído a Tenet o documento com as propostas norte-americanas, afirmando que elas deviam ter em conta as suas exigências".
Por seu lado, a televisão estatal israelita adianta que "os norte-americanos exerceram fortes pressões durante toda a reunião e que os palestinianos aceitaram o texto de Tenet, tendo o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, telefonado a Yasser Arafat para conseguir o seu acordo".
Por seu lado, o vice-ministro da Defesa israelita, Dalia Rabin-Filosof, citado pela rádio afirmou que "os norte-americanos se aproximaram do ponto de vista israelita de que um cessar-fogo completo deve anteceder o regresso à mesa de negociações".
O documento apresentado pelo director dos serviços secretos norte-americanos - que se deslocou ao Médio Oriente para tentar consolidar o cessar-fogo - prevê um período de acalmia de seis semanas, seguida de "recíprocas medidas de confiança", entre as quais se destaca o congelamento da colonização israelita nos territórios palestinianos.
Um alto-responsável israelita, que falou à AFP sob condição de anonimato, acusou os palestinianos de "rejeitar praticamente todo o plano norte-americano de cessar-fogo, tentando acrescentar-lhe cláusulas políticas" inaceitáveis para Israel.
Sem rejeitar formalmente o plano, os palestinianos continuam a mostrar reticências, afirmando que a questão do cessar-fogo não pode ser separada de um congelamento total e imediato da colonização, tal como foi recomendado pelo relatório elaborado pela Comissão Mitchell. Israel rejeita categoricamente esta posição, exigindo o fim imediato da violência.

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