Vitalino Canas anuncia fundo de solidariedade para vítimas portuguesas na África do Sul

"Não há nada mais injusto, mais revoltante do que a morte e a agressão de pessoas, de compatriotas nossos, que fazem do trabalho a sua vida, inocentes cujo único crime é quererem uma vida melhor para si e para os seus", disse Vitalino Canas, antes de evocar o nome dos portugueses que só este ano já foram assassinados na África do Sul.Após garantir que o Executivo português "segue atentamente e com muita preocupação" estes incidentes, Vitalino Canas assegurou ainda que o Governo tem multiplicado contactos e diligências junto das autoridades sul-africanas para minorar os riscos que atingem toda a sociedade deste país.
O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros anunciou terem sido feitas naquele dia "propostas concretas", que foram "muito bem recebidas", por parte dos responsáveis sul-africanos, podendo-se agora dizer que "os canais estão abertos".
Vitalino Canas notou, no entanto, que estas agressões não afligem preferencialmente os portugueses e que, "como em todos os países do mundo, a roleta do banditismo violento acaba por atingir todos os sectores e todas as comunidades".
Vitalino Canas aproveitou ainda para anunciar várias iniciativas do Governo de apoio às comunidades no estrangeiro, entre as quais o projecto de criação de um fundo de solidariedade para vítimas de situações dramáticas como assassínios e desastres naturais.
O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros parte hoje à tarde para a Cidade do Cabo, onde cumprirá a segunda parte de uma visita de quatro dias à África do Sul, por ocasião das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas.

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