Assim, num primeiro e-mail enviado aos clientes, a que o PUBLICO.PT teve acesso, pode-se ler: "Estes valores entram em vigor no próximo dia 1 de Junho de 2001". No entanto, num segundo e-mail, escrito pela empresa já após o surgimento das primeiras críticas, verifica-se uma alteração: "Estas medidas terão efeitos a partir de 1 de Julho de 2001"."Esta ideia vai contra tudo aquilo que me disseram quando assinei o contrato com a Bragatel, em 1998, é um abuso. Quando aderi aos serviços foi-me dito que os clientes teriam acessos 24 horas por dia, com direito a seis caixas de correio sem limite de espaço (...) e tudo isso com um valor fixo mensal", explicou ao PUBLICO.PT um dos queixosos, Jorge Costa, acrescentando: "Além de tudo, a empresa contabiliza como
download/upload todo o tráfego".Apesar da decisão de alterar os tarifários fixos, sempre que se ultrapasse aquele valor nos
downloads/uploads, no sítio da empresa (www.bragatel.pt) continua a poder ler-se o seguinte: "Através do Netservice poderá ligar-se à Internet (...) e navegar em regime non-stop sem necessidade de uma linha telefónica, pagando sempre a mesma quantia".No entanto, a decisão de alterar o tarifário, tomada à revelia do cliente, cujo contrato inicial estipulava um preço fixo/mês, não é a única crítica de que a Bragatel é alvo. Ao rol de queixas acrescentam-se "as constantes falhas de serviço" e o facto de "a partir da 23h00 não haver assistência ao cliente", conforme afirmou Manuel Azevedo, utilizador dos serviços desde 1999.
Para António Cunhal, "o facto de o serviço ir abaixo duas a três por dia na zona mais crítica da cidade de Braga, onde vivo, ou seja, Maximinos", o facto de "não se darem ao trabalho de responderem ao clientes, de não haver esclarecimento das situações e da assistência técnica ser fraca" são alguns dos outros problemas técnicos da Bragatel.
O PUBLICO.PT tentou obter, junto da empresa, um esclarecimento para estas e outras queixas. Contactada a directora comercial da Bragatel, Mariana Bruschi, esta escusou-se a prestar quaisquer esclarecimentos, alegando que "só fala com clientes da empresa".