"Trata-se do herói Saïd Houtari, da cidade de Kalkilya", na Cisjordânia, declarou à AFP Mussa Abu Marzuk, um membro no exílio do gabinete político do Hamas.O bombista suicida "veio recentemente da Jordânia e parecia que ele era amigo íntimo de um dos membros do Hamas mortos num atentado suicida, mas o organismo militar do movimento não reivindicou a operação heróica até ao momento", afirmou o responsável do Hamas.
O atentado de Telavive, que fez 19 mortos além do bombista, não foi reivindicado por nenhum movimento palestiniano. Israel ameaça com represálias ao ataque, o que já levou a Autoridade Palestiniana a ordenar a evacuação de todos os edifícios públicos palestinianos.

Hamas renova rejeição do cessar-fogo

Apesar de ontem, Arafat ter ordenado um "cessar-fogo total e imediato contra objectivos israelitas", Marzuk assegura que o seu movimento "não está preocupado" com o anúncio. "O anúncio do cessar-fogo deixa o povo palestiniano desarmado contra a ocupação sionista", defendeu. "O movimento, em conformidade com as aspirações do povo palestiniano e o seu programa político, não se considera preocupada com o anúncio", acrescentou.Ao todo 13 movimentos palestinianos da coligação das Forças Nacionais e Islâmicas - que integra o Hamas e a Fatah, a facção liderada pelo próprio Yasser Arafat - reunido esta manhã em Gaza para tomar uma decisão conjunta decidiram continuar empenhados na Intifada. Este anúncio põe em causa a ordem de Arafat e pode condicionar uma resposta israelita.
Um responsável da Fatah declarou que o seu movimento está "em estado de alerta" e "rejeita o ultimato" de Israel que exige uma aplicação efectiva do cessar-fogo proclamado por Yasser Arafat.