Macedónia rompe relações diplomáticas com Taiwan
Até aqui, a Macedónia era, além do Vaticano, o único Estado europeu a reconhecer Taipé. A decisão de cortar relações foi hoje comunicada pelo primeiro-ministro macedónio, Ljubco Georgievski, ao ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês, Tien Hung-mao, que se encontra no país, informou um alto responsável macedónio, que pediu o anonimato à AFP.Contactos entre Skopje e Beijing, em curso há algum tempo e iniciados pelo Presidente macedónio, Boris Trajkovski, terão estado na origem deste corte diplomático. De facto, o chefe de Estado macedónio é partidário do restabelecimento das relações com a China, rompidas em Fevereiro de 1999, na sequência do início das relações diplomáticas entre Skopje e Taipé, vista por Beijing como uma província rebelde. A China usou ainda do seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir o prolongamento do mandato da força de manutenção de paz no território da antiga república jugoslava.
Esta decisão vem agitar de novo a frágil coligação governamental da Macedónia, que reúne partidos com interesses divergentes.
Por um lado, o primeiro-ministro defende a manutenção das relações com Taiwan, que já valeram à Macedónia uma importante ajuda financeira. Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ilinka Mitreva, apoia o chefe de Estado nesta decisão, afirmando que não tenciona receber o seu homólogo taiwanês.
O gabinete presidencial sublinhou, no entanto, que pretende conservar boas relações económicas com Taiwan e desejou que a ruptura da diplomacia "não se faça bruscamente e não constitua um choque, como foi o estabelecimento das relações".