Conservadores iranianos aumentam ataques aos direitos humanos durante campanha presidencial
Num relatório de 20 páginas, a organização de defesa dos direitos humanos, sediada em Nova Iorque, afirma que "as instituições dominadas pelos conservadores recorreram a detenções arbitrárias, a processos injustos, à violência política e à restrição de liberdades fundamentais, para impedir o movimento reformador de aplicar o seu programa".A Human Rights Watch enumera ainda as instituições que considera conservadoras: "a justiça, o Conselho dos Guardas da Revolução e o gabinete do guia da República Islâmica", o
ayatollah Ali Khamenei.Segundo a organização, estas instituições "lançaram uma vaga de repressão contra os órgãos de comunicação social independentes, os políticos da oposição, os intelectuais independentes e os funcionários favoráveis às reformas". Hanny Megally, director da secção da HRW para o Médio Oriente e Norte de África, aponta o dedo: "A origem do problema dos direitos humanos no Irão é o poder judicial, que é utilizado por uma facção [a conservadora] contra a outra [a reformista]". "Sem uma justiça independente, a vida política iraniana não consegue estabilizar", defendeu.
O relatório conclui afirmando que são urgentes "mudanças fundamentais" que tornem "as políticas legais e administrativas do Irão compatíveis com as suas obrigações perante as leis internacionais".