Estados Unidos forçados a adiar novas sanções ao Iraque
O protelamento ficou a dever-se às dúvidas levantadas pela Rússia, França e China que temem que as sanções prejudiquem unicamente o cidadão comum iraquiano. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Igor Ivanov, exigiu mais tempo para que os especialistas do seu país possam estudar mais aprofundadamente os detalhes das proibições.Em contrapartida, o actual acordo petróleo-por-alimentos - que deveria expirar no domingo - vai ser alargado durante mais de seis meses. Este programa prevê que o Iraque possa vender uma limitada quantidade de petróleo, cujo lucro vai directamente para a ONU que o troca por alimentos, medicamentos ou outros bens humanitários.
Outra das dificuldades de Washington prende-se com a posição tomada por países como a Turquia, Síria e Jordânia, que acordaram com Bagdad um negócio de compra de petróleo. Estes países contam com um desconto do Iraque, uma vez que o dinheiro da transacção vai directamente para o Executivo de Saddam, não passando pelas Nações Unidas.
Para acautelar a sua posição, o vice-primeiro-ministro, Tariq Aziz, já ameaçou estes países de lhes cortar o fornecimento de petróleo.
Este adiamento é considerado, por muitos analistas, como um grande revés para o secretário de Estado norte-americano, Collin Powell, que havia dito que as sanções ao Iraque representariam uma alta prioridade para Washington.