Viagra também serve para mulheres

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A substância utilizada no Viagra, a sildenafila, poderá contribuir para ultrapassar as disfunções femininas, como já o faz com as masculinas DR

O medicamento de combate à impotência Viagra, que tem melhorado a vida sexual dos homens, também serve para as mulheres, afirmam sexologistas italianos no "British Journal of Obstetrics and Gynaecology".

Segundo os cientistas da Universidade da Catânia, em Itália, que testaram as pílulas azuis, conhecidas genericamente como sildenafila, o Viagra também aumenta o prazer e a performance sexuais nas mulheres."Os nossos resultados demonstram que a sildenafila pode melhorar directamente disfunções sexuais femininas, como a falta de excitação, de prazer e a incapacidade para atingir orgasmos", explica o professor Salvatore Caruso.
Os investigadores afirmam que o Viagra, produzido pelo gigante farmacêutico norte-americano Pfizer, pode ainda ter um desempenho indirecto no prazer sexual feminino, aumentando a frequência de fantasias e de relações sexuais.
Este é o primeiro estudo sobre a utilização de Viagra em mulheres com disfunções sexuais. Caruso e a sua equipa testaram as pílulas em 51 mulheres, com idades compreendidas entre os 22 e os 38 anos.
Os cientistas formaram três grupos — as mulheres que tomavam 25 miligramas de Viagra, as que recebiam 50 mg e as que ingeriam um placebo —, durante três período de quatro semanas, com uma semana de intervalo entre eles. Em cada mês, as mulheres avaliaram a sua excitação, orgasmos e fantasias sexuais numa escala de 0-5. Os resultados da excitação subiram, segundo a experiência, nas mulheres que tomavam Viagra de 1,5 para 4,2, em ambas as doses. O grupo placebo conseguiu apenas 2,6. Os resultados de prazer sexual e fantasias sexuais aumentaram nos grupos que tomaram o medicamento, provando que "a sildenafila afecta as mulheres de uma forma semelhante à dos homens com disfunções erécteis", concluem os investigadores.
Esta investigação vai contra os resultados de um estudo com 577 mulheres, apresentado no ano passado, na Universidade de Obstetrícia e Ginecologia norte-americana, que concluíram que o placebo era mais eficaz do que o Viagra.

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