Melhor medicina para menos países, alerta perito

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Os progressos da medicina não chegam a todo o planeta DR

Os novos e significativos avanços no campo da medicina podem oferecer possibilidades desiguais aos países industrializados e aos que estão em vias de desenvolvimento, bem como representar diferentes níveis de acesso às várias classes sociais nos países desenvolvidos, explica Cantu.O congresso, que reúne até sábado perto de quatro mil peritos de todo o mundo na capital austríaca, serviu de palco para que o perito da Universidade de Guadalajara pormenorizasse que o acesso aos métodos de tratamento e medicamentos mais eficientes, assim como a informação necessária, é cada vez mais limitado para os pobres.
O investigador apontou o dedo à investigação do genoma humano, que conduzirá certamente a uma medicina muito prometedora que será, no entanto, inacessível para muitos.
O que acontece ao nível da indústria, em que os investimentos se centram nas doenças mais frequentes nos países ricos, menosprezando as que afectam os mais pobres, é a tendência que promete marcar o futuro dos países em vias de desenvolvimento.
Nos países pobres, analisa Cantu, muitos factores dificultam o progresso da medicina, como o facto de na sociedade existir pouca compreensão para a importância que tem a investigação, mantendo-se baixa a quota de cientistas comparativamente aos países ricos. No México existirão 70 investigadores por cada milhão de habitantes, no Brasil 170 e nos Estados Unidos mais de 8500.

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