Durão Barroso considera reforma da PAC «delirante e irrealista»

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Barroso quer a manutenção evolutiva da PAC, «mais equitativa entre sectores» Tiago Petinga/Lusa

Durão Barroso não poupou adjectivos para qualificar o documento, da responsabilidade do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, classificando-o de "ruinoso, irrealista, inoportuno, irresponsável, demagógico e contrário ao interesse nacional".O PSD propõe, em alternativa, a manutenção evolutiva da PAC, "mais equitativa entre sectores, devendo Portugal negociar uma posição mais equilibrada a favor das produções mediterrânicas".
Para Barroso, é necessário o reforço da "coesão económica e social do mundo rural europeu", a melhoria da "qualidade higieno-sanitária dos produtos alimentares" e a salvaguarda do modelo agrícola europeu, "assente na empresa familiar, perante as ameaças da liberalização cega dos mercados agrícolas".
O líder social-democrata criticou, ainda, a proposta de liberalização total das ajudas directas aos agricultores, acusando-a de colocar "em causa a própria produção agrícola" e "fragilizar a posição prudente da Comissão Europeia de defesa do modelo agrícola europeu".
"Se vingasse a projectada liberalização total dos mercados, os principais perdedores seriam os Estados-membros com agriculturas com maiores debilidades estruturais e as regiões mais desfavorecidas, como é o caso de Portugal", referiu.

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