Vêm aí novas bancas de jornais
É essa a intenção da Associação dos Ardinas de Lisboa, que está a ultimar negociações com a câmara municipal e com a empresa espanhola de mobiliário urbano Cemusa, por forma a substituir os actuais "caixotes, onde não se consegue ter exposto todo o material sem vir com um estendal para o passeio", disse o dirigente desta organização profissional, José Matias.
O novo modelo de banca deverá ser em breve apresentado publicamente. É, no entanto, provável que não seja instalado no Rossio, cujo plano de requalificação prevê cinco quiosques de jornais - contra os oito que lá estavam e já foram retirados - de concepção nacional.
Aquela associação vai inaugurar em Junho, em Miraflores, um pavilhão de distribuição que, segundo José Matias, deverá resolver um dos principais problemas dos vendendores de jornais e revistas - a dificuldade de levantamento da mercadoria nas casas de venda do Bairro Alto. "O Bairro Alto está numa grande transformação e ir levantar jornais às casas de venda tornou-se uma confusão tão grande e tão difícil que há muitos colegas que já desistiram de o fazer, para não gastar dinheiro em gasolina. Em Miraflores haverá estacionamento para cem viaturas e locais para embalagem das publicações", referiu. O edifício, uma obra de cerca de 200 mil contos, dispõe de espaços para alugar às distribuidoras e servirá também de nova sede ao organismo de classe.
Quanto à situação dos vendedores de rua do Rossio e Praça da Figueira - onde as obras do parque de estacionamento vão obrigar à saída temporária dos ardinas -, o dirigente da Associação dos Ardinas de Lisboa diz que a mudança é inevitável face aos trabalhos em curso.
Comentando a redução de postos de venda, de oito para cinco, no Rossio, considerou plausível que, face às localizações alternativas propostas pela câmara, haja três vendedores "que se sintam bem nos novos locais".
"No Rossio são muitos, de facto", reconhece.