General croata procurado por crimes de guerra entrega-se à justiça
Hoje, o primeiro-ministro croata, Ivica Racan, tinha-se mostrado convencido de que o general na reforma se apresentaria brevemente à justiça croata, depois de ter recebido a garantia de que não seria entregue ao Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia. "Acredito que Norac obedecerá ao mandato de prisão e que se entregará brevemente", afirmou Ivica Racan, em conferência de imprensa em Zagreb.O chefe de Governo croata acrescentou que contactou pessoalmente Mirko Norac, o oficial mais graduado do Exército croata acusado de crimes de guerra, informa a AFP.
Um comunicado emitido hoje em Haia pela presidente do TPI, Carla Del Ponte, afirmava que Mirko Norac não era procurado pelo tribunal internacional. Segundo o texto, a responsabilidade de acusar o general croata "por crimes cometidos na cidade de Gospic (150 quilómetros a sudeste de Zagreb) em 1991 e noutras zonas da Croácia entre 1991 e 1995" pertence às autoridades croatas.
Mirko Norac, de apenas 34 anos, é procurado na Croácia pelo assassinato de cerca de 40 civis sérvios na região de Gospic em Outubro de 1991. Esta acusação deu origem a uma série de manifestações de antigos combatentes e de movimentos da direita nacionalista, que consideram o general como um herói do conflito sérvio-croata de 1991-1995.