CNMV recusa melhoria de oferta da Ferroatlântica sobre Hidrocantábrico
A CNMV considera que o condicionamento do sucesso da OPA à aquisição de um mínimo de 60 por cento das acções, imposta pela Ferroatlântica, impede que se considere tal "modificação como uma melhoria real das condiçoes da oferta competidora" apresentada pela EDP e pela Cajajustur.Em Outubro, a Ferroatlântica lançou uma primeira OPA sobre 25 por cento do capital da Hidroeléctrica del Cantábrico. Em Janeiro, a CNMV aprovou a operação, mas no final do mês, a EDP e a Cajajustur lançaram uma OPA concorrente sobre cem por cento do capital da Hidrocantábrico.
De seguida, a Ferroatlântica melhorou a sua primeira oferta para 25,8 euros (5172 escudos), cobrindo a proposta de 24 euros (4811 escudos) por acção da EDP/Cajajustur, mas limitou o sucesso da operação à aquisição de um mínimo de 60 por cento das acções, o que a CNMV veio, agora, rejeitar.
A reguladora do mercado de capitais espanhol refere também em comunicado que vai reiniciar a tramitação da OPA apresentada pela eléctrica alemã RWE sobre a totalidade do capital da Hidrocantábrico, que oferece 26 euros (5212 escudos) por acção.
Contudo, o facto da Ferrotlântica ter sido a primeira a apresentar uma OPA sobre a Hidrocantábrico, faz com que a empresa tenha sempre a última palavra, podendo apresentar quando quiser uma oferta melhor em, pelo menos, cinco por cento do que a anteriormente aprovada.