Sindicalista diz que há trabalhadores ilegais nas obras do Metro do Porto

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Os trabalhadores detectados em situação ilegal são portugueses Fernando Veludo

"Temos todas as situações claramente identificadas e localizadas e vamos entregar à Normetro os elementos necessários para que essas situações possam ser corrigidas", disse Albano Ribeiro, em declarações à Lusa."Há trabalhadores a dar onze e doze horas de trabalho por dia, sem férias e fins-de-semana e sem contratos de trabalho", garantiu o sindicalista, salientando, porém, o excelente relacionamento entre o sindicato e a Normetro - consórcio construtor do Metro do Porto.
O dirigente sindical recordou a situação semelhante denunciada pelo sindicato que preside no último Verão, com um conjunto de trabalhadores que estavam em serviço nas obras da Ponte do Infante, uma obra que também depende do Metro do Porto, e que foram rapidamente legalizados e integrados.
"O que queremos também neste caso é que os trabalhadores, colocados nas obras por empresas ilegais a actuar em regime de subcontratação, sejam legalizados", afirmou Albano Ribeiro.
"Temos inventariadas várias dessas empresas que fazem descontos aos trabalhadores dizendo que é para a Segurança Social, a quem não entregam um tostão", garantiu o mesmo responsável.
"Há que acabar com este tipo de empresas que vive da exploração do trabalho sem direitos. Queremos empresários e não este tipo de patrões", frisou Albano Ribeiro.
O dirigente sindical comentou ainda o cancelamento da visita programada para hoje aos estaleiros do metro, decidido pelo presidente da Comissão Executiva do Metro do Porto, Oliveira Marques, após um diferendo sobre se os jornalistas deviam ou não acompanhar a mesma. "Denota uma personalidade pouco dada à convivência democrática", afirmou.

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