Situação sanitária na Zambézia e Sofala agrava-se devido às chuvas
Fontes do Ministério da Saúde encarregues por aquelas províncias confirmaram à Lusa a existência de casos de diarreias agudas e de malária. A UNICEF participa no combate às doenças, disponibilizando meios para a melhoria das condições sanitárias.O ministério moçambicano fez já deslocar para a região uma equipa que deverá fazer a avaliação da situação e sugerir, posteriormente, mecanismos de prevenção às epidemias de cólera e malária.
Sabe-se que no distrito de Inhassuge, Zambézia, 130 famílias perderam as suas casas e que nove escolas e um centro de saúde foram totalmente destruídos.
O Instituto Nacional de Calamidades (INC) enviou 160 toneladas de milho, 35 de feijão e 80 tendas para socorrer as vítimas das cheias, iniciativa apoiada por outras organizações, entre as quais o Programa Alimentar Mundial (PAM).
De acordo com um porta-voz do INC, o PAM já enviou por via aérea cerca de 200 toneladas de produtos diversos para socorrer as populações afectadas, calculadas em cerca de 250 mil pessoas em todo o país.
Por seu lado, a direcção provincial de agricultura da Zambézia anunciou que vão ser necessários 338 mil dólares (363 mil euros/72,9 mil contos) para socorrer 39 mil famílias camponesas cujas explorações agrícolas ficaram afectadas pelas cheias.
O tratamento da água é uma das tarefas prioritárias do Governo do país, que está a fazer chegar às zonas afectadas grandes quantidades de desinfectantes, entre os quais cloro.
A continuação das chuvas tropicais nas províncias de Zambézia e Sofala está, porém, a dificultar a avaliação dos estragos nos vários distritos daquelas províncias.