Num almoço realizado ontem com jornalistas no âmbito de uma visita à Fitur-Feira Internacional de Turismo, em Madrid, o presidente da PGA atribuiu também os maus resultados à "indefinição" da transportadora no domínio das alianças, adiantando que nos últimos meses se mantiveram à espera de uma clarificação das posições do grupo Swissair relativamente ao avanço de uma eventual parceria. "Estivemos à espera de um Godot", ironizou Ribeiro da Fonseca, acrescentando que devido a isso perderam capacidade de resposta face à concorrência. Por essa razão, os advogados da companhia estão a quantificar os eventuais danos sofridos pela PGA, para avançarem com um processo judicial acusando os suíços de quebra de contrato. Resultado de tudo isto: a empresa voltou ao ponto de partida e está à procura de uma nova aliança. "Estamos a trabalhar no mercado internacional, onde viemos encontrar uma continuada disponibilidade em relação à PGA", disse Ribeiro da Fonseca, adiantando que em cima da mesa se mantêm as três alianças existentes: Star Alliance, OneWorld e Sky Team, lideradas, respectivamente, pela Lufthansa, British Airways e Air France. Ponto assente é que a companhia necessita de mais recursos financeiros e que o Grupo Espírito Santo - que é hoje o principal accionista - tenciona ficar, "pelo menos, com uma posição minoritária" quando se concretizar uma nova entrada no capital da transportadora.
Enquanto procuram um novo parceiro, a palavra de ordem para o ano corrente é a "contenção de custos". E a PGA colocou de parte a aquisição de um novo aparelho para reforçar a sua frota de 14 aviões, uma compra que estava prevista há um ano atrás. No entanto, o orçamento de 2001 prevê resultados positivos entre 400 e 500 mil contos, partindo do princípio que o preço dos combustíveis se vai manter nos 25 a 27 dólares por barril.