Procurador pretende interrogar de novo Monica Lewinsky

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A partir de 20 de Janeiro Bill Clinton deixará de beneficiar da imunidade própria de um Presidente EPA

O procurador norte-americano encarregue do inquérito relacionado com as falsas declarações de Bill Clinton a propósito da sua ligação com Monica Lewinsky, pretende levar de novo a a ex-estagiária da Casa Branca a tribunal, a fim de que possa testemunhar mais uma vez acerca do tipo de relação que manteve com o Presidente dos Estados Unidos, avança hoje o jornal "Los Angeles Times".

De acordo com os advogados do processo, o procurador Robert Ray - que substituiu Kenneth Starr no inquérito - está a ponderar proceder judicialmente contra o Presidente, acusando-o de perjúrio e de obstrução à justiça, mas só depois de este sair da Casa Branca, em Janeiro. O Presidente em exercício beneficia, por enquanto, de uma imunidade com que já não poderá contar a partir de dia 20 de Janeiro. O advogado de Monica Lewinsky, Plato Cacheris, anunciou por seu lado que o procurador "pediu uma audição" com a jovem de 26 anos, que terá de se conformar com o pedido de Robert Ray. A sua obrigação é a de cooperar com o procurador independente.
"Ray não tem verdadeiramente nenhuma razão para interrogar de novo Monica Lewinsky, a menos que encare uma qualquer acção insignificante motivo suficiente para enfrentar de novo o Grande Juri", declarou, por seu lado, Joseph DiGenova, um antigo advogado de Columbia.
Mas o procurador pode, de facto, acusar Clinton de falsas declarações no seu depoimento sobre o envolvimento sexual que alegadamente terá mantido com Paula Jones e por, presumivelmente, ter tentado influenciar o depoimento de Monica Lewinsky ao Grande Juri.
A Câmara dos Representantes decidiu o processo de destituição de Clinton no final de 1998, por perjúrio e obstrução à justiça no caso Lewinsky, mas o Senado decidiu, em 1999, esquecer o caso.

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