Covid-19: Portugal regista novo máximo de casos diário

Foram identificados 17.172 casos na segunda-feira. Há 936 pessoas hospitalizadas, mais 22 do que no dia anterior, sendo que mais duas estão nos cuidados intensivos (total de 152).

Portugal registou, na segunda-feira, 17.172 casos confirmados de covid-19, um novo máximo diário desde o início da pandemia, e 19 mortes associadas à doença, de acordo com o último boletim de actualização da Direcção-Geral da Saúde, divulgado esta terça-feira.

Apesar de um número de casos algo semelhante ao anterior recorde de 16.432 casos, verificado a 27 de Janeiro (boletim de dia 28), as circunstâncias são diferentes devido à testagem. O registo de 27 de Janeiro resultou de 69.769 testes realizados, o que corresponde a uma taxa de positividade de 23,5%; por outro lado, esta segunda-feira foram realizados 234.759 amostras processadas, resultando numa percentagem de testes positivos de 7,3%.

Isto significa que foi na segunda-feira identificado um caso de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 por cada 13 testes realizados. A 27 de Janeiro, este rácio foi de um teste com resultado positivo por cada quatro realizados.

Este máximo diário de casos de infecção já tinha sido antecipado na semana passada pela ministra da Saúde, Marta Temido, devido à alta transmissibilidade da variante Ómicron.

No total, já se registaram em Portugal 1.303.291 casos de infecção e 18.909 mortes desde Março de 2020.

Encontram-se internadas nos hospitais portugueses 936 pessoas com a doença, mais 22 que no dia anterior, das quais 152 em unidades de cuidados intensivos (mais duas).

Recuperaram da doença mais 8226 pessoas (o valor mais alto desde 15 de Fevereiro) para um total de 1.169.841 recuperados. Nesta altura, 89.8% dos casos recuperaram da doença. Esta percentagem tem vindo a diminuir, resultado do aumento de casos detectados: excluindo recuperações e óbitos, há neste momento 114.541 casos activos (mais 8.927 que no dia anterior), cerca de 8,8% dos casos identificados. A taxa de letalidade está em 1,45%.

Lisboa e Vale do Tejo é responsável por metade das infecções identificadas na segunda-feira (8576 casos). Segue-se a região Norte, com 5046 casos, a região Centro com 2124, a Madeira com 516, o Algarve com 417, o Alentejo com 325 e os Açores com 168 infecções detectadas.

Relativamente às mortes, Lisboa e Vale do Tejo também registou o número mais elevado de segunda-feira, com seis. Foram também registadas cinco mortes na região Centro, quatro na região Norte e ainda duas no Algarve e na Madeira.

Dos 19 óbitos desta segunda-feira, oito foram de pessoas com 80 ou mais anos (cinco mulheres e três homens), contabilizando-se também quatro mortes no grupo dos 70 aos 79 anos (uma mulher e três homens), seis de pessoas faixa etária dos 60 aos 69 anos (duas mulheres e quatro homens) e ainda o óbito de uma mulher na casa dos 50 aos 59 anos.

Os indicadores da matriz de risco, que servem para avaliar o avanço ou recuo no desconfinamento, só são actualizados nos boletins das segundas, quartas e sextas-feiras. Na matriz mais recente, o índice de transmissibilidade – R(t), o número de pessoas que são infectadas por alguém – era de 1,23 no continente a nível nacional.

A incidência a nível nacional é actualmente de 804,3 casos por 100 mil habitantes. Se tivermos em conta apenas os dados do continente, está nos 807,4 casos por 100 mil habitantes. Estes valores colocam Portugal no quadrante vermelho da matriz.

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