Lura celebra ao vivo a alegria e a força de viver em 25 anos de músicas

Com um novo disco planeado para 2022, a cantora cabo-verdiana Lura celebra esta sexta-feira no Coliseu de Lisboa um percurso musical de 25 anos. E estreia alguns temas novos.

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Lura no videclipe de Bla bla bla, estreado em Outubro DR

Vão longe os tempos de Nha Vida, disco que em 1996 lhe serviu de apresentação no mundo da música. E muita coisa se passou na vida de Lura desde então. Mas são esses 25 anos que ela celebra num concerto único no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, esta sexta-feira, às 21h. “Vai ser, com muita emoção, uma viagem pelo percurso que fiz até agora”, diz Lura ao PÚBLICO. “E com alguns temas novos, em primeira mão. Será o culminar das coisas boas da carreira e da vida, em Lisboa, com os meus amigos, a minha família, com o público que sempre me seguiu e que quer estar ali a comemorar os 25 anos comigo. Vai ser um concerto muito emotivo, onde o ritmo também não vai faltar. Acho que vai ser fantástico.”

Os músicos que desta vez a acompanham não são os habituais. “São muitos jovens, portugueses, que vão dar aqui um contributo mais moderno, mais actual e mais ecléctico. Não são tanto os músicos cabo-verdianos, habituados a tocar a música tradicional cabo-verdiana. São músicos que tocam de tudo um pouco e que vêm dar aqui uma roupagem com uma musicalidade mais aberta, mais fresca.” Com Lura (voz) estarão agora no palco André Moreira (baixo), Rodrigo Correia (guitarra), João Gomes (teclados), Iúri Oliveira (percussão), Ariel Rosa (bateria), mais duas vozes (feminina e masculina) nos coros.

Nascida em Lisboa, em 31 de Julho de 1975, de ascendência cabo-verdiana. Lura gravou até agora seis álbuns (Nha Vida, 1996; In Love, 2002; Di Korpu Ku Alma, 2005); M’Bem Di Fora, 2006; Eclipse, 2009; e Herança, 2015) e um EP (Alguem di Alguem, 2018). Em Outubro deste ano estreou uma nova canção, Bla bla bla, em single e videoclipe, já a antecipar um novo álbum, ainda sem título, que deverá ser publicado até Abril de 2022. Será um disco que retrata, do seu ponto de vista, o momento em que agora se encontra, feliz e mais liberta, mãe de uma menina de quase 5 anos (Nina, nascida em Dezembro de 2016).

“É falar um pouco de mim como uma mulher já passada da barreira dos 40, mas que continua com vivacidade e alegria de viver, força de viver, afirmativa, que sabe melhor o que quer. Afirmar sobretudo o optimismo, o gosto pela vida e por continuar a sonhar. É viver o melhor momento da vida com mensagens e com sensualidade, que é do que trata o Bla bla bla, uma canção que fala de uma mulher que vive independentemente daquilo que as pessoas possam dizer ou pensar. É um bocado ‘bla bla bla’ e a caravana passa.”

Quanto à concepção musical do álbum, haverá alguma continuidade, mas também novidade, diz: “Continuo a misturar sonoridades e ritmos, porque gosto de brincar um pouco com isso. Há temas que lembram rhythm & blues, afro beat, lounge, há também um pouco de funaná e há batuku, mas todos com uma roupagem e com uma sonoridade mais electrónica.”

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