Excaliburro

A Lenda do Cavaleiro Verde, de David Lowery, apropria-se do imaginário do mundo das lendas Arturianas.

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Há uma ironia desagradável do princípio ao fim do filme, desagradável por parecer estar sempre a cutucar o espectador

Os últimos dois filmes de David Lowery, A Ghost Story e O Cavalheiro com Arma (e sobretudo este, homenagem a dois “velhos” do cinema americano, Robert Redford e Sissy Spacek), puseram-no no lote dos novos cineastas americanos, em acção na “cena” independente ou semi-independente, merecedores de serem seguidos com um mínimo de atenção. Também eram dois filmes completamente diferentes um do outro, e nada havia de A Ghost Story no Cavalheiro, indiciando que Lowery habita ou constrói um imaginário novo para cada filme. O que se confirma em A Lenda do Cavaleiro Verde, que também não tem nada dos filmes precedentes e se apropria de um imaginário radicalmente diverso: o mundo das lendas Arturianas, adaptando um poema do século XIV, Sir Gawain e o Cavaleiro Verde, centrado nas aventuras de um sobrinho do Rei Artur que por uma mistura de inconsciência e vontade de afirmação parte em demanda de um medonho “cavaleiro verde” (que parece criado pela mesma equipa de efeitos dos Piratas das Caraíbas).

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