Por entre ruas e memórias com um rasto de amargura e um adeus

Cantautor e fadista, Marco Oliveira acabara de gravar o seu novo disco com José Mário Branco como produtor quando, subitamente, este nos deixou, na madrugada de 19 de Novembro de 2019, aos 77 anos. Ruas e Memórias, disco que na música os uniu numa forte amizade, percorre Lisboa com um olhar de amargura e perda, mas também de renovação e de futuro.

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Adriano Fagundes

O disco estava inteiramente gravado. Faltava passar à edição e às misturas, mas isso ficava para os dias seguintes. Nos relógios não tardaria a meia-noite e era preciso descansar. Mas de manhã, uma triste notícia mudou tudo: José Mário Branco, que assegurara a direcção, produção e arranjos (ele gostava mais do termo encenações sonoras) do disco, morrera nessa madrugada. E Marco Oliveira ficava nas mãos com um disco (Ruas e Memórias, o seu terceiro) marcado por essa perda. Mas também pelo ânimo de levar por diante um trabalho que os tinha unido de forma estreita e musicalmente arrebatadora.

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