IKOQWE: “Chocou-nos ver que seres tão evoluídos em alguns aspectos consigam ser tão grotescos a tratar o seu semelhante”

Os autores são os luso-angolanos Pedro Coquenão, ou seja Batida, e Ikonoclasta, isto é Luaty Beirão. Vestiram a pele dos IKOQWE, viajando de um lugar e tempo distantes, até ao mundo do aqui e agora, deixando aí poesia, ritmo e visões críticas. Falámos com as personagens Iko e Coqwe sobre a viagem que deu origem a um inspirador álbum.

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Raquel Moreira

Iko e Qwe são duas personagens fictícias que, vindas de um tempo e lugar distantes, acabam por ser confrontadas com os paradoxos do mundo de hoje. Imunes a quase tudo, acabaram por se “queimar física e mentalmente” quando contactaram com a normalidade vigente. As impressões dessa viagem são transmitidas em The Beginning, The Medium, The End and the Infinite, lançamento da histórica editora belga Crammed Discs, que assenta tanto nas técnicas do hip-hop, quanto nas dinâmicas electrónicas ou na música tradicional angolana. E isso não é um acaso. É que Iko é o diminutivo de Ikonoklasta, ou seja o angolano Luaty Beirão, rapper que se tornou em icónico activista. E Coqwe vem de Coquenão, ou seja Pedro Coquenão, ainda conhecido por Batida, músico e artista luso-angolano, expoente das novas sonoridades afro-portuguesas.

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