Mariana Vieira da Silva confirma que desconfinamento começará pelas escolas

Ministro da Educação já havia dito que as escolas, que foram as últimas a encerrar, também seriam as primeiras a desconfinar.

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Mariana Vieira da Silva participou num fórum da JS LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A dirigente socialista e ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, confirmou neste sábado que o desconfinamento começará pelas escolas, referindo que o Governo, a começar pelo ministro da Educação, já havia manifestado essa intenção. 

“Eu queria dizer que me revejo nesse problema. Não é por acaso que se procurou evitar o encerramento de escolas até ao limite do possível e que o Governo também já disse que é precisamente pelas escolas que recomeçará o desconfinamento”, afirmou Mariana Vieira da Silva.

Contudo, o regresso não será para já. Parece-nos prematuro falar para esta próxima quinzena de desconfinamento e nomeadamente em matéria de escolas”, disse ainda, no encerramento de um fórum promovido pela Juventude Socialista (JS)​ intitulado “Vencer o futuro — Faz ouvir a tua voz”, em que participou a título pessoal.

A ministra de António Costa e membro do secretariado nacional do PS interveio através de videoconferência e respondeu a intervenções anteriores sobre o encerramento das escolas decidido pelo Governo, com efeitos a partir de 22 de Janeiro, para conter a propagação da covid-19.

No dia 8 de Fevereiro, Tiago Brandão Rodrigues defendeu que "as escolas foram as últimas a fechar” e “têm de ser das primeiras infra-estruturas a abrir”, a começar pelas escolas dos alunos mais jovens. "Não queremos normalizar o ensino à distância. O local de ensino privilegiado é a sala de aula, sobretudo para os mais pequenos. Nada substitui o ensino presencial. Por muito que existam computadores, pais dispostos a ajudar os alunos e disponibilidade das escolas, nenhum de nós está ciente de que o ensino à distância pode substituir o ensino presencial”, disse o ministro da Educação.

A ministra da Presidência assinalou ainda que actualmente, “apesar de as escolas estarem fechadas, são servidas cerca de 18% das refeições normais de um período de não encerramento”, considerando que “não é um valor assim tão pequeno”.

Por outro lado, Mariana Vieira da Silva realçou que “neste encerramento de escolas se incluíram medidas que não existiram no primeiro [encerramento de escolas], nomeadamente a possibilidade de alunos com terapias adicionais, com necessidades educativas especiais continuarem a ir à escola presencialmente — e estão a ir”.

Também é possível agora identificar “alunos que precisam de estar presencialmente na escola, não podem estar na escola à distância”, salientou a ministra, observando: “Muitas vezes desvalorizamos esse trabalho que está a ser feito. A nossa vida tem sido muito marcada pela pandemia e eu queria dizer que vai continuar a ser”, declarou.

Na quinta-feira, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência apontou o “número muitíssimo elevado” de pessoas internadas em cuidados intensivos defendendo que “não é compatível” com a criação de “uma expectativa de um desconfinamento para breve”.

“Este é o momento de voltarmos a apelar a todas as portuguesas e portugueses que é preciso considerarmos que estamos com números muito elevados de internamento nos hospitais e nas unidades de cuidados intensivos e, sendo animador o caminho que estamos a fazer, é ainda muito cedo para pensar que ele está perto do fim”, reforçou.

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