Pressão no SNS vai continuar. Acelera vacinação contra a covid-19 nos lares

Número de internados e óbitos por covid-19 vai continuar a aumentar nos próximos dias, assumiu o primeiro-ministro após o Conselho de Ministros extraordinário. Primeira toma da vacina em todos os lares deverá estar concluída no final da próxima semana.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

“Estamos a viver o momento mais grave da pandemia”, afirmou o primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros que se realizou esta segunda-feira. A pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde vai continuar, admitiu António Costa, que anunciou que vai ser possível acelerar a vacinação nos lares de idosos.

“Queria dizer que face à nova informação disponibilizada pela Pfizer e pela Agência Europeia do Medicamento, estamos em condições de termos uma melhor gestão do stock de vacinas e acelerar o processo de vacinação nos lares”, disse António Costa, na conferência de imprensa em que apresentou medidas mais restritivas para entrar em vigor nos próximos dias. O objectivo assumido pelo Governo é o de “concluir até ao final da próxima semana a vacinação integral da primeira toma em todos os lares, salvo naqueles onde há surtos que impedem proceder à vacinação”, explicou.

Mas as boas notícias ficaram por aqui. Perante um cenário preocupante, o primeiro-ministro lembrou que “ainda hoje morreram mais 167 pessoas” e que o número de mortes e de infectados com covid-19 vai continuar a aumentar nos próximos dias. “Não está só em causa a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, o esforço extraordinário que médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, que todos estão a fazer no Serviço Nacional de Saúde. O que está, neste momento, em causa é a saúde e a vida de cada um nós e de cada uma das pessoas que nos rodeia.”

“Até ao próximo dia 24 a pressão no Serviço Nacional de Saúde vai continuar a aumentar, o que nos exige continuar a multiplicar soluções de recurso quer com a criação de novas camas de retaguarda e áreas dedicadas à covid em todos os estabelecimentos”, afirmou António Costa, salientando que as pessoas “podem ter toda a confiança na excelência dos profissionais de saúde”. “Podemos ter confiança no esforço que todos estão a fazer para multiplicar, além do limite previsível, a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”, disse.

A requisição civil de unidades dos sectores privado e social não está para já em cima da mesa, mas a possibilidade não fica afastada. “A requisição será usada se e quando for necessária. A lei de bases já o permite. Temos procurado soluções de acordo às de imposição. Até agora tem havido sucesso na estratégia e todos os dias estão a alargar as entidades do privado e do sector social a colaborar na campanha contra a covid e no apoio ao Serviço Nacional de Saúde”, afirmou, sem dar dados, mas garantindo que “até agora não tivemos nenhuma situação em que não houvesse alternativa à requisição”.

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