Da terra à lua

Portugal não pôde ver o arrebatador documentário de Todd Douglas Miller no grande ecrã para o qual foi pensado; tê-lo no Netflix é melhor do que nada, mas não é a mesma coisa.

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A justaposição do trabalho incansável de centenas de pessoas com a sensação de feito impossível, de aventura transcendente

É por causa de casos como este que o confinamento custa tanto aos cinéfilos. Apollo 11 faz uso de imagens do arquivo da NASA para traçar a cronologia da missão espacial que colocou o primeiro homem na Lua: muitas delas não eram públicas, umas quantas foram rodadas em 70mm, todas elas foram restauradas para um filme que, nos EUA, teve exibição em salas IMAX. Datado de 2019, Apollo 11 não chegou à exibição comercial em Portugal e está há algum tempo disponível no Netflix; e mesmo que se tenha em casa um ecrã de primeira categoria, o esmagador deslumbre do documentário de Todd Douglas Miller precisa do maior ecrã possível, e de um sistema de som equiparável, para nos arrebatar. Apollo 11 pode conquistar-nos no conforto da sala de estar — e conquista, acreditem — mas precisa da desmesura e da imersão da sala de cinema para criar o efeito total.

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