Mulan: blockbuster genérico

A versão em imagem real da Disney para uma das suas animações chega ao streaming sem ir a sala; o tamanho do écrã não disfarça a inutilidade de um filme que é todo embrulho sem nada no interior.

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Vamos, por um momento, afastar o facto da Disney agradecer nos créditos finais ao governo chinês por a deixar ter filmado partes de Mulan na mesma região onde anda a reprimir a etnia uighur. Independentemente do escândalo gerado por esse tiro no pé, esta recriação do conto chinês sobre a maria-rapaz que se tornou guerreira não ficará como um dos melhores momentos do estúdio americano. A mais recente entrada numa sucessão de reinvenções em imagem real das suas animações, depois de Cinderella ou A Bela e o Monstro, Mulan começou por ser escrutinado para garantir um casting politica e etnicamente correcto, de modo a obter a aprovação do cada vez mais importante mercado cinematográfico chinês, onde acabaria por ser recebido friamente. E, apanhado na pandemia global de covid-19 que mantém os cinemas encerrados em muitos países, o filme da neo-zelandesa Niki Caro (autora do muito estimável A Domadora de Baleias) não teve estreia em sala, fechando-lhe uma das possibilidades de rendibilização do seu grande orçamento. Foi desviado para o novo serviço de streaming Disney+, no qual irá ter estreia portuguesa esta sexta-feira (4). 

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