Está de regresso o Porto Femme, o festival de cinema “onde a mulher é a peça central”

Segunda edição do festival decorre de 18 a 22 de Junho no Porto. Pela primeira vez há uma competição dedicada às estudantes.

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"Frame" de "Catarse" de María Contreras, Kelly Ambrozzio (competição Estudante)

A 2.ª edição do Porto Femme - Festival Internacional de Cinema arranca esta terça-feira, 18 de Junho, no Porto, com música, exposições, workshops e filmes, “onde a mulher é a peça central”.

A associação cultural XX Element Project promove, em quatro espaços da cidade até sábado, dia 22 de Junho, “trabalhos artísticos realizados por mulheres” e evidencia “os direitos das mulheres e da igualdade de género”, pode ler-se no site da organização. Um total de 116 filmes produzidos em países europeus, americanos, asiáticos e africanos serão apresentados nas salas do Cinema Trindade, no hotel Selina Porto e no espaço cultural Maus Hábitos. A entrada é livre, excepto nas sessões do Trindade.

O Porto Femme conta com 16 filmes em competição nacional, de realizadoras como Catarina Mourão, Catarina Neves Ricci, Cristéle Alves Meira, Leonor Noivo, Joana Toste e Margarida Madeira, e 53 em competição internacional, entre longas e curtas de ficção, documentários e filmes experimentais, de realizadoras como Clara Santaolaya, de Espanha, Stephanie Cabdevila, de França, Cecilia Albertini e Erica Scoggins, dos EUA, Delphine Le Courtois, do Canadá, e Rafaela Salomão, do Brasil.

Entre os filmes em exibição está Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias, de Regina Pessoa, distinguido no passado domingo com o Prémio do Júri, no festival de Annecy, em França, o principal certame dedicado ao cinema de animação.

Nesta edição, estreia-se a competição Estudante, que “dá espaço a 29 filmes para serem mostrados e discutidos, abrindo potenciais portas para as novas cineastas pelo país fora”, avaliados e premiados por um júri. A competição XX Element, com 18 filmes, apresenta obras de “homens realizadores com equipas compostas por mulheres actrizes principais ou que ocupem cargos técnicos importantes”, explica a organização.

Os workshops “Realização no Cinema”, pela realizadora Raquel Freire, e “A Câmara e o Actor”, pela cineasta Inês Oliveira, e a exposição colectiva O Prazer é todo Meu, das ilustradoras Clara Não e Cara Trancada compõem as actividades desta edição. Actuações dos grupos musicais Pedaço Mau e Palmers, no bar Barracuda - Clube de Roque, animam as sessões de abertura e encerramento do Porto Femme.

No último dia, a cineasta Monique Rutler, realizadora de Velhos São os Trapos, será homenageada com o prémio Mulher-Cineasta, por ser considerada “uma das realizadoras mais importantes do pós-25 de Abril”, diz o comunicado.

A 1.ª edição do Porto Femme, que decorreu de 30 de Maio a 3 de jJnho de 2018, recebeu “393 filmes oriundos de 42 países”, segundo a organização, e premiou 21 obras cinematográficas.

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