Isabel Meirelles e Álvaro Amaro podem integrar lista do PSD nas europeias

Os nomes dos candidatos ao Parlamento Europeu já agitam o partido, embora Rui Rio ainda não tenha data para anunciar a lista.

Rui Rio ainda não deu sinais públicos sobre a escolha dos candidatos às eleições europeias, mas os nomes para a lista já agitam o PSD. Com Paulo Rangel ainda por confirmar como número um, há outras figuras do PSD que estão em condições de serem candidatos como é o caso de Isabel Meirelles, vice-presidente e coordenadora dos Assuntos Europeus no Conselho Estratégio Nacional, e de Álvaro Amaro, actual presidente da Câmara Municipal da Guarda.

No equilíbrio territorial a que a lista de candidatos costuma responder internamente, o nome de Álvaro Amaro permitiria fazer a cobertura da zona centro. Mas também cumpriria o papel de elo de ligação aos autarcas, já que Álvaro Amaro preside aos Autarcas Sociais-Democratas e negociou em nome de Rui Rio o acordo político entre o PSD e o Governo sobre descentralização.

Na zona centro do país surge, no entanto, outra figura com peso: Paulo Mota Pinto, presidente da mesa do congresso do PSD, ex-deputado e antigo juiz do Tribunal Constitucional. Já não é a primeira vez que um presidente da mesa do congresso é indicado para lugar elegível na lista para as europeias. Aconteceu a Fernando Ruas quando nas últimas eleições, em 2014, o seu nome foi indicado para número dois, a seguir a Paulo Rangel na lista conjunta com o CDS-PP. 

Outro nome plausível para integrar a lista das europeias é o de Miguel Poiares Maduro, ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional no anterior Governo PSD/CDS. Especialista em direito da União Europeia, Poiares Maduro retomou a actividade de professor universitário e é visto como um provável candidato a eurodeputado. 

O líder do PSD já disse que anunciaria os candidatos o “mais tarde possível” para evitar um clima de campanha eleitoral prolongado, já que depois das europeias, em Maio, deverão ser as legislativas em Outubro. Mas ainda não adiantou qualquer data. No partido há quem preveja que Rio se prepara para fazer uma renovação na lista eleita em 2014 em que figuram Fernando Ruas, José Manuel Fernandes e Carlos Coelho, mais dois nomes indicados pelo PSD-Açores, Sofia Ribeiro, e pelo PSD/Madeira, Claúdia Aguiar.

No caso de José Manuel Fernandes, também líder da distrital de Braga, é possível que se mantenha na lista. Há dúvidas sobre se as duas regiões autónomas mantenham direito a indicar nomes em lugares elegíveis, podendo ser apenas uma. Mas há outros nomes que podem entrar para a lista do PSD como é o caso de Maria da Graça Carvalho, que foi eurodeputada entre 2009 e 2014, e que está a coordenar a área do ensino superior no Conselho Estratégico Nacional. 

A composição da lista será condicionada por aquilo que vier a ser aprovado na alteração à lei eleitoral que está em discussão na Assembleia da República. Em causa está  um novo limiar mínimo de representação por género nas listas eleitorais que pode obrigar a que a composição seja alternada entre homem e mulher (e vice-versa) nos primeiros lugares. Se assim for, o CDS-PP terá de alterar a lista já anunciada por Assunção Cristas: Nuno Melo, Pedro Mota Soares, Raquel Vaz Pinto e Vasco Weinberg.

No PSD, embora ainda sem lista, já há quem coloque pressão em Rui Rio em torno do resultado eleitoral. Foi o caso do ex-vice-presidente de Passos Coelho, Marco António Costa, que já disse que “qualquer mau resultado nas europeias ou nas legislativas afecta sempre as direcções que estão em exercício”. Mesmo a proximidade temporal entre as duas eleições não deve deixar que o PSD “ande a brincar aos partidos”, apontou numa entrevista há duas semanas ao DN e à TSF. O líder do PSD terá, em Maio do próximo ano, o seu primeiro teste nas urnas.

Relativamente ao candidato à pressidência da Comissão Europeia pelo Partido Popular Europeu (PPE), PSD e CDS ainda não anunciaram quem vão apoiar. Assunção Cristas esteve reunida esta sexta-feira com Alexander Stubb, ex-primeiro-ministro da Finlândia, um dos candidatos do PPE à Comissão Europeia. 

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