William Nordhaus e Paul Romer vencem Nobel da Economia

Economistas norte-americanos distinguidos pela procura da melhor forma de garantir um crescimento económico sustentável, incluindo na sua análise factores como as alterações climáticas.

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William D. Nordhaus (à esquerda) e Paul M. Romer DR
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Paul Romer EPA/SHAWN THEW
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Reuters/TT NEWS AGENCY

William Nordhaus e Paul Romer são os vencedores do Prémio Nobel da Economia de 2018, anunciou esta segunda-feira a Academia Real das Ciências da Suécia.

A distinção — que tem a denominação oficial de Prémio do Banco da Suécia para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel — foi explicada pelos membros da Academia pelo facto de os dois economistas terem, em áreas diferentes, “criado métodos para fazer face a algumas das mais básicas e importantes questões do nosso tempo, sobre como criar um crescimento económico de longo prazo sustentável”

Entre essas questões estão, por exemplo, as alterações climáticas e a forma como devem influenciar a definição das políticas económicas.

Em particular, William Nordhaus, professor na Universidade de Yale, é destacado pelo seu papel na “integração das alterações climáticas na análise macroeconómica de longo prazo”. O seu trabalho nesta área começou a ser feito logo nos anos 1970 e foi nos anos 1990 que se tornou no primeiro economista a criar um modelo de análise integrado que leva em conta a interacção entre a economia e o clima e que se tornou uma referência para este tipo de análise.

Por seu lado, Paul Romer, professor na Universidade de Nova Iorque e antigo economista-chefe do Banco Mundial, é uma referência mundial na análise da forma como as novas tecnologias podem ser usadas como um impulsionador do crescimento económico de longo prazo.

O seu trabalho nos anos 1990 foi determinante para aquilo que actualmente é referido como a teoria do crescimento endógeno e contribuiu para o estudo do que devem ser as políticas públicas de dinamização da inovação e da criação de novas tecnologias para aumentar o crescimento no longo prazo de forma sustentável.

Os dois economistas são norte-americanos, reforçando o domínio dos Estados Unidos na lista de vencedores do prémio que teve este ano a sua 50ª edição. Tanto Romer como Nordhaus eram há muito colocados na lista de favoritos a vencer o prémio.

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