FESAP quer aumentos que dignifiquem trabalhadores da função pública

A estrutura ligada à UGT rejeita o pagamento faseado das progressões na carreira em 2019 e 2020.

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José Abraão, líder da Fesap, não afasta o cenário de uma greve Enric Vives-Rubio

O dirigente da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) reafirmou nesta quinta-feira que se o Governo não avançar com aumentos salariais que dignifiquem os trabalhadores vai partir para a greve.

"Não queremos cinco euros porque achamos que é ridículo, mas um aumento que dignifique os trabalhadores", sublinhou o dirigente da Fesap, José Abraão, à saída de uma reunião no Ministério das Finanças, em Lisboa, sobre Orçamento do Estado (OE) para 2019.

"Se não houver aumentos salariais com alguma forma de dignificar os trabalhadores resta-nos o que é mais natural e, como tenho dito, um dia de greve será pouco", reforçou o sindicalista.

Segundo José Abraão, os resultados da reunião de hoje foram "praticamente nenhuns", uma vez que se mantêm "alguns constrangimentos" para a Administração Pública em 2019.

"Mais uma vez vamos ter em 2019 uma normalidade gradual que é para nós inaceitável", disse, referindo-se à proposta do Governo sobre novo faseamento das progressões no próximo ano.

O dirigente contou que na reunião foi dada a garantia de que o Governo iria apresentar na próxima semana "um conjunto de propostas que pudesse chegar a todos os trabalhadores, desde a questão das opções gestionárias [progressões por opção dos dirigentes] até à questão dos aumentos salariais".

A próxima reunião está marcada para quarta-feira, 10 de Outubro.

A Fesap reclama aumentos de 3,5% para todos os trabalhadores da administração pública. "Acho que o Governo percebeu e que vai com certeza acomodar as condições para que, de algum modo, para o próximo ano possa haver um aumento salarial que possa abranger todos os trabalhadores", acrescentou.

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