Greve de professores chegou ao centro: sindicatos apontam para adesão superior a 80%

Segundo a Fenrpof, esta quarta-feira está a ser “o dia com maior adesão à greve”.

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Mário Nogueira insistiu que o Governo tem de respeitar os professores LUSA/SÉRGIO AZENHA

Os líderes da Federação Nacional de Professores e da FNE, Mário Nogueira e João Dias da Silva, insistiram nesta quarta-feira em Coimbra na exigência que o Governo cumpra a lei relativamente à contagem do tempo de serviço dos professores que esteve congelado.

“Respeitem os professores”, reclamou Mário Nogueira, em Coimbra, ao fazer um balanço da adesão à greve de professores e educadores, que decorre nesta quarta-feira nos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

Segundo os dados recolhidos pela Fenprof, esta quarta-feira está a ser “o dia com maior adesão à greve, que ultrapassa os 80%” na generalidade das escolas e jardins-de-infância da região centro. As greves regionais começaram na segunda-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, tendo na terça-feira afectado as regiões de Portalegre, Évora, Beja e Faro.

“A legalidade tem de ser cumprida”, designadamente o Orçamento do Estado de 2018, “o que obriga a que o tempo seja recuperado e que essa recuperação comece já em 2019”, defende o Sindicato dos Professores da Região Centro, filiado na Fenprof, numa nota cujo conteúdo, no essencial, foi reafirmado aos jornalistas por Mário Nogueira, no final de uma acção de contacto com a população, na Baixa de Coimbra.

O líder sindical acusou o Governo de “tentar limpar um quarto da vida profissional” dos professores e educadores. “Não pensem que irão eliminar” essa parte do tempo de serviço, advertiu.

Mário Nogueira lembrou que esta semana de luta dos docentes portugueses culmina no Dia Mundial do Professor, sexta-feira, com a realização de uma manifestação nacional, em Lisboa.

Também João Dias da Silva, da FNE, lamentou que o executivo de António Costa “esteja a adiar as suas responsabilidades” perante os professores, cabendo-lhe acatar a “obrigação de negociar imposta pela Assembleia da República”.

“Os professores não aceitam serem enganados e que da parte do Governo haja incumprimento da lei”, disse João Dias da Silva à agência Lusa, durante uma acção da FNE no Largo da Portagem, enquanto a Fenprof centralizou a sua iniciativa a escassas centenas de metros, na Praça 8 de Maio.

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