Ministra da presidência diz que "nunca" se prometeu dar todo o tempo aos professores

Em entrevista à Antena 1, Maria Manuela Leitão Marques fala em “mal-entendido” com docentes.

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Ministra da Presidência diz que impacto financeiro do descongelamento não estava previsto. LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O Governo insiste que não se comprometeu com o reconhecimento do tempo de congelamento para efeitos de progressão na carreira dos professores. Em entrevista à Antena 1, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, declarou que " talvez se tenha criado um mal-entendido” com os professores, assegurando que o Governo nunca se comprometeu a dar tudo.

Na entrevista, cujo excerto está disponível no site da RTP, a ministra admite que “talvez se tenha criado um mal-entendido. Acredito que sim”. E acrescentou: “Não tenho que dizer que as pessoas estão de má-fé, mas se ouvir as declarações do professor Mário Nogueira [secretário-geral da Fenprof] à saída de reuniões verá que ele não diz que foi dito aquilo que agora se diz que foi, para usar um trocadilho.”

A governante assegurou ainda que o impacto financeiro do reconhecimento do tempo de serviço não estava previsto: “Nem nas nossas contas, nem no nosso equilíbrio.”

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e os 23 sindicatos dos professores têm mantido um verdadeiro braço-de-ferro pelo reconhecimento, para efeitos de progressão na carreira, do tempo de serviço prestado pelos professores durante o período de congelamento.

Nem nove anos, como os sindicatos querem, nem dois anos, como o Governo propôs, foi o resultado da última reunião. O ministro da Educação está a ser ouvido esta sexta-feira no Parlamento, a pedido do PCP, verificando-se uma discussão acalorada entre as bancadas e com professores também presentes nas galerias.

Entretanto, os professores avançaram com uma greve às avaliações. Mas o Governo contornou a situação, ao permitir que os alunos inscritos nos exames nacionais façam provas, mesmo sem as avaliações.

Citada pela RTP, a ministra da Presidência reafirmou na entrevista que "não está em cima da mesa, nesta legislatura, a revisão das carreiras dos professores".

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