Moon reúne gabinete de crise e Guterres "profundamente preocupado" com cancelamento de cimeira

Trump cancelou cimeira com Kim para discutir desnuclearização da Península da Coreia.

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LUSA/JEON HEON-KYUN

Assim que foi divulgada a carta enviada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, a informá-lo do cancelamento da cimeira entre ambos, o mundo começou a reagir. Antes de qualquer declaração pública, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, reuniu o seu gabinete de crise, e Theresa May manifestou-se desapontada.

O porta-voz de Moon, Young-chan, informou que o Presidente sul-coreano convocou de urgência o ministro dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e os seus mais altos responsáveis de segurança assim que foi informado da decisão de Trump.

Citado pela agência Yonhap, Kim Eui-kyeom, porta-voz da Casa Azul de Seul afirmou que o Governo sul-coreano está a "tentar perceber qual é a intenção do Presidente Trump e qual o seu real significado". 

O Governo britânico admitiu também estar desapontado com o cancelamento entre Trump e Kim, que tinha como tema a desnuclearização da Península da Coreia.

“Estamos desapontados pelo facto de a reunião não ir a acontecer como planeado. Precisamos de ver um acordo que possa trazer uma desnuclearização totalmente verificável e irreversível da Península da Coreia e iremos continuar a trabalhar com os nossos parceiros tendo em vista esse objectivo”, referiu a porta-voz de Theresa May, lendo um comunicado assinado pelo Governo de Londres.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admitiu estar preocupado: “Estou profundamente preocupado com o cancelamento da cimeira planeada em Singapura entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder da República Popular Democrática da Coreia”, afirmou aos jornalistas na Universidade de Genebra, apelando ainda a todas as partes para “encontrarem um caminho para a desnuclearização pacífica e verificável da Península da Coreia”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, lamentou o cancelamento da reunião entre os EUA e a Coreia do Norte, escreve a Reuters. Falando à margem da reunião com o homólogo francês, Emmanuel Macron, em São Petersburgo, Putin admitiu que mantinha a esperança numa reunião entre os líderes norte-americano e norte-coreano. Emmanuel Macron, por seu turno, afirmou apenas que espera que os esforços com vista a um entendimento entre a Coreia do Norte e os EUA continuem, cita a Reuters.

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