Recuperada caixa negra após desastre aéreo em Havana

Entre as 110 vítimas mortais estão 20 membros de uma congregação evangélica que regressava de um retiro espiritual.

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O aparelho ligava Havana a Holguín. Caiu logo após a descolagem LUSA/Omara García

Uma das duas caixas negras do avião que se despenhou na sexta-feira após descolar do aeroporto de Havana, em Cuba, foi recuperada e será utilizadas pelas autoridades na investigação às causas do acidente. Avançam assim as perícias no local do desastre, um terreno agrícola junto a uma auto-estrada, apesar de os trabalhos estarem a ser dificultados pela chuva forte que cai na zona, escreve o El País. Recuperados todos os corpos, as autoridades vasculham agora os destroços do Boeing 737, com quase 40 anos, em busca de pistas.

O número de vítimas mortais do desastre foi entretanto oficialmente confirmado este sábado pelo ministro dos Transportes cubano, Adel Yzquierdo: perderam a vida 110 pessoas, incluindo 11 cidadãos estrangeiros. O Governo decretou dois dias de luto nacional. No sábado, o Presidente Miguel Diaz-Canel visitou a morgue onde as vítimas estão a ser identificadas.

Das 110 vítimas mortais do voo que ligava a capital a Holguín, 99 eram de nacionalidade cubana, sete eram mexicanas (seis tripulantes e um passageiro), duas da Argentina e duas da Arábia Saudita. Entre os passageiros estava um grupo de 20 membros de uma igreja evangélica cubana que regressava a Holguín depois de um retiro espiritual em Havana.

As três mulheres que sobreviveram ao desastre permanecem hospitalizadas em estado muito grave, devido a queimaduras e múltiplas fracturas. Uma foi submetida já a oito cirugias, segundo disse fonte médica à AFP. Outra recuperou a consciência este sábado.

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