Pulitzer para reportagens que lançaram o movimento #MeToo

Nas artes, Kendrick Lamar torna-se no primeiro artista de hip hop a vencer um Pulitzer.

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Carlo Allegri

As reportagens do New York Times  e da revista New  Yorker  sobre os abusos sexuais cometidos pelo influente produtor de cinema Harvey Weinstein, que desencadeou o movimento #MeToo, venceu o Pulitzer de jornalismo na categoria de serviço público. A lista de vencedores da edição de 2018 dos prémios, que distingue trabalhos na comunicação social (14 categorias, incluindo reportagem, fotografia e comentário) e nas artes (sete categorias, incluindo ficção, drama e música), foi anunciada nesta segunda-feira, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, EUA.

O New York Times e o Washington Post venceram o prémio na categoria de reportagem nacional com as suas investigações jornalísticas sobre as possíveis ligações entre a campanha presidencial de Donald Trump e o Kremlin. Os trabalhos dos dois jornais — que Trump e os seus aliados qualificam como uma “caça às bruxas” — desencadearam uma cadeia de eventos que culminou na investigação judicial actualmente em curso, conduzida pelo procurador especial Robert Mueller.

O Washington Post venceu ainda na categoria de reportagem de investigação com a revelação dos abusos sexuais cometidos pelo candidado republicano a senador do Alabama, Roy Moore

Na fotografia, a Reuters foi distinguida pela cobertura da crise dos rohingya, na Birmânia.

Já na artes, destaque para o prémio indicado para o aclamado rapper norte-americano, Kendrick Lamar. O seu mais recente álbum, DAMN., torna-se no primeiro trabalho de hip-hop a receber a distinção. Tal como Good kid, m.A.A.d city e To Pimp a Butterfly, o álbum DAMN é dominado pelos temas do racismo, violência policial, da vida das ruas e da sobrevivência. O júri do prémio elogiou a capacidade de Lamar “captar a complexidade da realidade afro-americana”.

Consulte a aqui lista completa de vencedores.

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