Aviões aliados atacaram cientistas militares de Assad

O Centro de Estudos e Investigação Científica, ccm instalações em vários locais na Síria, é onde são desenvolvidas novas armas químicas, biológicas e convencionais.

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Conferência de imprensa no Pentágono mostra em fundo o ataque ao centro em Barzeh JIM LO SCALZO/REUTERS

Um dos locais bombardeados pelos aviões ocidentais na Síria foi o laboratório do Centro de Estudos e Investigação Científica de Barzeh, nos arredores de Damasco. Não é a primeira vez que são bombardeadas instalações desta instituição, criada na década de 1970, e que tem laboratórios espalhados por vários locais na Síria. Embora se tenha mantido uma organização civil, é o laboratório de investigação militar do Ministério da Defesa sírio, onde são desenvolvidas armas químicas e biológicas.

Os inspectores da Organização para a Proibição das Armas Nucleares fazem perguntas ao regime sírio sobre este centro desde 2013, quando lhes foi permitida a entrada na Síria, após os ataques com armas químicas na região de Ghouta Oriental, sem que obtenham respostas satisfatórias. Em Janeiro desse ano, Israel tinha bombardeado instalações deste centro de investigação em Jamraya – tinham como alvo camiões que transportariam armas anti-aéreas que se destinariam ao Hamas e ao Hezbollah.

Já em 2013 se suspeitava de que as armas químicas usadas em Ghouta tinha sido produzidas pelo Centro de Estudos e Investigação Científica - no ataque ao centro morreram cerca de 1400 pessoas. Os serviços secretos franceses identificaram um serviço que seria responsável por encher munições com químicos. O Departamento do Tesouro norte-americano aplicou sanções a 271 funcionários desta instituição em Abril de 2017, devido ao seu papel nos ataques químicos a Khan Shaykhun, nesse mês, e em Setembro o exército israelita bombardeou de novo o que seria uma fábrica de mísseis de armas químicas em Masyaf.

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