Agências humanitárias pedem cessar-fogo urgente em Ghouta

Nações Unidas falam em “inferno na Terra” em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, alvo de intensos bombardeamentos levados a cabo pelo regime e pela aviação russa.

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Reuters/BASSAM KHABIEH

Organizações humanitárias internacionais como a Cruz Vermelha e o Programa Alimentar Mundial apelaram esta quarta-feira a um cessar-fogo urgente na Síria que permita que a ajuda chegue ao enclave de Ghouta oriental, nos arredores da capital Damasco. O apelo é secundado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que descreve a situação no terreno como a de um “inferno na Terra”.

Pelo menos 400 mil civis vivem naquela zona urbana controlada pela oposição a Bashar al-Assad e que tem sido bombardeada com intensidade nos últimos dias pelo regime sírio e pela aviação russa.

“Os civis estão a ser massacrados”, denuncia o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein. Cerca de 350 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas apenas nos últimos dias.

As organizações humanitárias afirmam que há habitantes feridos que estão a morrer apenas porque não recebem tratamento a tempo. A entrega de alimentos e medicação na zona foi suspensa, uma vez que não está garantida a segurança dos funcionários e voluntários internacionais. Naquela zona, o preço do pão é 22 vezes superior ao valor registado no resto do país, e multiplicam-se e agravam-se os casos de subnutrição.

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