Schulz abandona a liderança do SPD para assumir a diplomacia alemã

Social-democrata assume desejo de ficar com a pasta dos Negócios Estrangeiros e defende que o partido necessita de um líder que não faça parte do novo Governo alemão. “Vou lutar pela renovação da União Europeia”, disse.

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Martin Schulz falou esta quarta-feira ao país HANNIBAL HANSCHKE /Reuters

Martin Schulz veio dar razão aos rumores que já circulavam na imprensa alemã desde o início da manhã desta quarta-feira e confirmou que irá abdicar do cargo de líder do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão), para se dedicar em exclusivo ao posto de ministro dos Negócios Estrangeiros no próximo Governo de coligação com a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU) – partido-gémeo na Baviera –, se o seu partido lhe der luz verde para tal.

O ex-presidente do Parlamento Europeu assumiu a intenção de liderar a diplomacia alemã durante os próximos quatro anos e deixou essa decisão nas mãos dos mais de 400 mil militantes do SPD que irão referendar o novo acordo de Governo, alcançado com Angela Merkel, entre 20 de Fevereiro e 3 de Março. “Vou lutar pela renovação da União Europeia”, prometeu Schulz, citado pela Reuters. 

O social-democrata defende que o partido necessita de um líder que não faça parte do executivo e instou as bases a elegerem Andrea Nahles para o cargo.

Schulz mostrou-se confiante numa votação favorável dos militantes ao compromisso com a CDU/CSU e, questionado sobre a veracidade dos rumores que apontam o presidente da câmara de Hamburgo, Olaf Scholz, para Ministro das Finanças, revelou que todas as decisões relacionadas com os nomes dos responsáveis pelas pastas ministeriais só serão conhecidas depois do dia 4 de Março – quando será conhecida a posição do partido.

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