Robert Mueller quer interrogar Donald Trump

O procurador especial encarregue da investigação sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas informou, segundo o Washington Post, os advogados de Trump que pretende interrogar o Presidente.

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Robert Mueller foi nomeado para liderar a investigação sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições dos EUA e o possível conluio com a campanha de Donald Trump Reuters/Yuri Gripas

O procurador especial encarregue da investigação sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, e o possível conluio com a campanha de Donald Trump, poderá interrogar o actual Presidente dos Estados Unidos sobre esta questão, noticia nesta segunda-feira o Washington Post, citando duas fontes próximas ao processo.

De acordo com o jornal norte-americano, a questão de interrogar Trump foi levantada pelo procurador especial, Robert Mueller, durante um encontro em Dezembro com John Dowd e Jay Sekulow, dois advogados do Presidente. Esta possibilidade fez com que a equipa de advogados de Trump procurasse quase de imediato uma forma de evitar o interrogatório ou de procurar limites para o mesmo.

Isto é, os advogados do Presidente querem evitar que Trump se sente à mesa com Mueller e responda cara-a-cara às perguntas do procurador. Por isso, já questionaram os investigadores sobre a possibilidade de o Presidente responder a determinadas perguntas por escrito. Além disso, querem que a equipa do procurador especial demonstre que não consegue chegar a informação crucial sem um interrogatório ao Presidente – antigos Presidentes foram já interrogados no passado, mas os tribunais exigiram que as equipas de investigação demonstrassem que o interrogatório era fundamental para se chegar a informação essencial para o inquérito.

Apesar disso, segundo as duas fontes ouvidas pelo Post, o interrogatório a Donald Trump pode acontecer nas próximas seis semanas.

Ty Cobb, advogado da Casa Branca responsável pela resposta da Administração norte-americana à investigação sobre interferência da Rússia nas eleições, afirmou apenas ao jornal que a Casa Branca irá colaborar no que for necessário. Por outro lado, o Post não obteve resposta de John Dowd nem de Jay Sekulow.

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